Pesquisar este blog

sábado, 20 de novembro de 2010

Ficção também ensina!

Não é de hoje que as tramas televisivas se empenham em retratar a realidade dos alcoólatras, inserindo em seu contexto, personagens fictícios cujas características se assemelham - e esta é a intenção - as de um portador do vício.


Vale lembrar que muitos dos atores responsáveis por desempenhar papéis como esse, se aventuram através do Alcoólatras Anônimos (terapia para auxílio à pessoas que pretendem se livrar do vício) em busca de maiores informações e experiências, para na hora de atuar, terem o cacife necessário para expressar corretamente os modos e costumes respectivos.


Geralmente o personagem consegue se livrar do vício, no entanto, durante todos os meses em que se desenrola a novela, este passa pelas mais diversas situações que envolvem o cotidiano de um alcoólatra, desde vexames em locais públicos até a internação. Nos casos em que a cura não ocorre, os autores procuram dar um fim trágico, tentando relatar em todos os detalhes qual o destino que se chega.


Vamos agora lembrar alguns dos personagens alcoólatras que fizeram sucesso na telinha:


Heleninha Roitman (por Renata Sorrah, em "Vale Tudo", 1988): Seus porres ficaram na cabeça do público mesmo 21 anos após o fim da trama. A atriz ainda é lembrada pela personagem, uma pintora frustrada que não se conformava com a separação e tinha uma péssima relação com a mãe, Odete Roitman (Beatriz Segall). Os barracos que armava e suas frases aos outros personagens prendiam a atenção do público. Ao fim, ela busca a reabilitação no AA e várias cartas de pessoas que, influenciadas pela atitude da personagem, também procuraram ajuda, chegaram à emissora na época, segundo a Globo (portadora dos direitos federativos da trama)


Renata Sorrah em cena de "Vale Tudo", na qual viveu Heleninha Roitman
Renata Sorrah em cena de "Vale Tudo", na qual viveu Heleninha Roitman



Santana (por Vera Holtz, em "Mulheres Apaixonadas", 2003): Uma professora de religião e geografia que às vezes chegava embriagada para dar aula. Ela carregava escondido uma garrafa e tomava nos mais variados lugares, como na escola, no banheiro, e em festas na casa de amigos. Chegou até a beber perfume. Cansada de dar vexame e cada vez mais dependente, ela foi para um clínica, de onde saiu no último capítulo.


Vera Holtz em cena como Santana em "Mulheres Apaixonadas". A personagem bebia escondido e dava vexame
Vera Holtz em cena como Santana em "Mulheres Apaixonadas". A personagem bebia escondido e dava vexame



Orestes (por Paulo José, em "Por Amor", 1997): Na trama – escrita por Manoel Carlos – ele era motivo de vergonha para a filha, Maria Eduarda (Gabriela Duarte), que o renegava. Como não conseguia parar nos empregos por causa dos porres que tomava, vivia às custas da mulher, Lídia (Regina Braga). Após se embriagar pelos bares da cidade, ele caia na rua e era resgatado pela família. Sua embriaguez o levou até a fazer a filha mais nova, Sandrinha (Cecília Dassi), passar vergonha na festinha de aniversário.






Paulo José na pele de Orestes na novela "Por Amor"


Renata (por Bárbara Paz, em "Viver a Vida, 2010): A personagem sofre de anorexia alcoólica (substitui a comida pelo álcool, achando que vai emagrecer). Logo no primeiro capítulo, exibido no último dia 14, já mostrou a que veio, sendo repreendida por Miguel (Mateus Solano) por estar bebendo muito.


Bárbara Paz vive uma alcoólatra em “Viver a Vida”
Bárbara Paz vive uma alcoólatra em “Viver a Vida”





Postado por: Gabriel

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Por que evitar o Alcoolismo?

"Quem começa a beber antes dos 15 anos tem 4 vezes mais chance de se tornar dependente do que aos 21.
O álcool e não a maconha é a principal porta de entrada para as outras drogas.
O organismo de adolescentes não está preparado para absorver o álcool e outras substâncias pesadas e também atrapalha na produção do hormônio de crescimento.
Cerca de 70% dos acidentes automobilísticos envolvem álcool e motoristas jovens.
Conviver com frustações e insegurança faz parte do desenvolvimento emocional. O jovem que passa por isso alcoolizado pode ter dificuldade para amadurecer."

Agora, reflita e responda: Vale a pena beber?

Postado por: Ananda Janotti

Para você se divertir :)

Transformação
O sujeito vai ao médico, reclamando de dores em tudo quanto é lugar.
— Seu único problema é a bebida. — diz o doutor — O senhor anda bebendo demais.
— Mas doutor, eu só bebo um traguinho por dia.
— Um traguinho? O senhor é um alcoólatra!
— Não, senhor! Eu só bebo um traguinho. Acontece que depois que eu bebo um traguinho, me transformo em outro homem. Este sim é um pinguço!

De volta ao médico
O médico tenta examinar o paciente que está completamente embriagado.

- O senhor toma muito álcool?
- Não, doutor ! Muito difícil… Só mesmo quando não tem uma cachacinha por perto!

Papo de bêbado
Dois bêbados conversam em um bar:

- Perdi minha mulher por causa da bebida!
- Ela te largou?
- Não, foi atropelada por um caminhão de cerveja!

Postado por: Ananda Janotti

Influência dos pais pode evitar consumo excessivo de álcool por adolescentes

Os pesquisadores examinaram quase cinco mil adolescentes sobre o consumo de bebidas alcoólicas e sua relação com seus pais

O modelo dos pais pode influenciar o consumo de álcool na adolescência, é o que concluiu um estudo desenvolvido pela Brigham Young University (BYU).

Os pesquisadores examinaram quase cinco mil adolescentes, com idades entre 12 e 19 anos, sobre seus hábitos de consumo de bebidas alcoólicas e sua relação com seus pais. Mais especificamente, analisaram os níveis de responsabilidade dos pais - saber onde gastam seu tempo e com quem - e as relações emocionais que compartilham com seus filhos.

Os resultados mostraram que os adolescentes são menos propensos ao consumo excessivo de álcool, quando possuem uma boa relação com os pais.

Pais indulgentes ou aqueles com pouca responsabilidade e baixa afetividade, triplicaram as chances de um adolescente se envolver com as bebidas, enquanto que pais muito rígidos e pouco afetivos dobraram os riscos do consumo de álcool excessivo pelos adolescentes.

Antes da pesquisa, as investigações sobre o estilo parental e os hábitos do consumo de álcool por adolescente era subjugado, mostrando uma influência modesta.

"Quando os pais não têm muito controle sobre o consumo de álcool por seus filhos adolescentes, eles podem ter um impacto significativo sobre o tipo mais perigoso de bebedeira", disse Stephen Bahr, professor na faculdade de BYU.

A análise estatística também mostrou que os adolescentes religiosos eram significativamente menos propensos ao consumo de qualquer bebida alcoólica.

Os amigos também desempenham um papel importante sobre o consumo de álcool nessa faixa etária. Os pesquisadores BYU notam que os garotos, neste novo estudo, eram mais propensos ao consumo de bebidas quando os amigos também consumiam, independentemente de ter pais afetivos ou responsáveis.

"O período da adolescência é uma espécie de período de transição e, por vezes, os pais têm dificuldades em entender isso", disse Bahr.

Hoffmann afirma que é importante que os pais estabeleçam uma relação afetiva e responsável com seus filhos, principalmente na adolescência. "Certifique-se de que não se trata apenas de controlar seu comportamento - você precisa saber como eles gastam o seu tempo longe de casa, através de uma relação calorosa e amorosa."


Postado por: Ananda Janotti

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Consumo de álcool na adolescência eleva risco de dependência

Menores de 13 anos que bebem têm 50% de chance de se tornarem alcoólatras no futuro

Apesar do foco pontual, o levantamento inédito sobre o consumo de drogas entre estudantes de escolas privadas paulistanas, divulgado na segunda-feira (7) pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), segundo especialistas, traduz uma realidade nacional e muito mais abrangente: o álcool é, sim, a porta de entrada para as drogas entre jovens de todo Brasil.

Sérgio de Paula Ramos, psiquiatra e psicanalista da unidade de dependência química do hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, e coordenador do departamento de dependência química da Sociedade Brasileira de Psiquiatria, revela que, quanto mais cedo se dá a iniciação no álcool, maiores são as chances de alcoolismo na fase adulta. Segundo ele, menores de 13 anos que consomem bebidas alcoólicas têm 50% de chance de se tornarem alcoólatras no futuro.

Para o especialista, a realidade de Porto Alegre é semelhante à apresentada pela capital paulista. “Não é de hoje que o álcool é a droga do jovem, independentemente da classe social. Em Porto Alegre, há 20 anos, os dados eram mais agressivos nas escolas privadas e a justificativa era o custo da bebida”, explica. “Hoje sabemos que os mesmos índices estão presentes em escolas públicas. A experimentação do álcool pelos jovens independe de condição socioeconômica.”

Na visão do psicanalista, nenhuma droga ilícita tem um impacto mais negativo que o álcool nos jovens. “A gravidade do consumo de crack em adolescentes é muito menor que a de álcool. Não faz nem cócegas. É uma epidemia generalizada. Nunca tratei um dependente de crack cuja primeira droga não tenha sido o álcool”.

Nos colégios

Desde 1994, Cesar Pazinatto, coordenador do Ensino Fundamental, orienta um programa de promoção de saúde e prevenção de drogas e álcool para alunos de quinta à oitava série, no colégio particular paulistano Santo Américo. Os adolescentes analisam as técnicas utilizadas nas propagandas de bebida alcoólica e debatem durante as aulas. “Nós discutimos sobre a pesquisa da Unifesp na manhã de hoje. Sem dúvidas, o álcool desencadeia não só outras drogas, mas também sexo desprotegido e violência. A ideia é apresentar os riscos e dialogar abertamente sobre o tema”, declara.

Carolina Daumas, 17, é estudante do colégio paulistano Madre Paula Montalt e também discutiu hoje as estatísticas do estudo na aula de sociologia. Apesar da oportunidade de conversar abertamente sobre o assunto, ela admite que seus colegas não estão dispostos a abdicar do hábito. “Quando o professor perguntou quantos alunos nunca haviam experimentado álcool ou cigarro, ninguém levantou a mão”, conta. “Meus amigos não fumam, mas conseguem beber meia garrafa de vodca. Isso afeta o aprendizado. No dia seguinte, eles dormem durante toda a aula”, completa.

Não é o caso de Lara Passos, que nunca experimentou álcool, nem tabaco. A adolescente de 14 anos estuda no primeiro ano do colégio Paulo de Tarso e julga errado o consumo precoce. “Meus pais não me deixam sair à noite. Apesar de alguns amigos beberem com certa frequência, fumarem cigarro e até maconha, eu não tenho interesse nenhum em experimentar”, confessa. Ela tem um colega de classe como exemplo a não ser seguido. “Ele repetiu o ano duas vezes e já foi expulso de outras instituições por fumar em locais proibidos e brigar com outros alunos. Ele fuma, bebe e costuma levar narguile em festas para oferecer aos outros.”

Mudança de valores

Algumas mudanças de valores, ocorridas nos últimos 40 anos, também podem justificar a relação direta entre o jovem e o álcool. Para Sérgio da Costa Ramos, existe um processo de deterioração da figura paterna. “A flexibilização na educação gerou uma presença nada funcional dos pais. Eles se tornaram reféns dos filhos, precisam conquistá-los, ter o voto. O adolescente não pode ser contrariado.”

A pesquisa da Unifesp aponta, de alguma forma, essa mudança de paradigma apresentada pelo especialista. Segundo os dados, o primeiro consumo de álcool ocorreu em casa para a maior parte dos entrevistados: 46%.

Para Ana Cecília Marques, psiquiatra e pesquisadora do Instituto Nacional de Política Sobre Drogas (INPAD) e coordenadora do Departamento de Dependências da Associação brasileira de psiquiatria (ABP), a falta de modelos paternos é apenas parte das justificativas. Na avaliação da especialista, os pais precisam aprender a proteger seus filhos.

“Pai e mãe são os modelos mais importantes. Os jovens criam referencias em personagens, celebridades, professores que admiram, mas o alicerce ainda é dentro de casa. Se o jovem aprende com modelos e falta de regra no ambiente familiar, os danos são catastróficos.”

A educação familiar blinda, mas não é a única forma de contornar o problema. Ana Cecília explica que é preciso analisar o impacto das drogas nos jovens como um fenômeno múltiplo. Fatores associados justificam o uso precoce. A médica comenta que em 2007, um mapeamento nacional feito pelo Unicef já mostrava abuso de álcool em 16% dos adolescentes. “É um padrão do jovem brasileiro abusar da bebida alcoólica em faixas muito altas.”

A falta de políticas públicas sobre drogas focadas na criança e no adolescente colaboram para que os índices sejam crescentes. “É preciso fazer e direcionar estratégias tanto preventivas quanto assistenciais de cuidados na adolescência. Ignoramos os problemas da juventude e tratamos a droga como um problema de adulto.”

Para a psiquiatra, a lei dá cobertura e protege das drogas no papel, mas não há mecanismos que a faça ser cumprida. “A lei é ótima, mas não funciona, não temos fiscalização. Hoje, 70% dos menores de 18 anos conseguem comprar bebida e cigarro em qualquer mercado do País.”

A lógica mercantil, na visão de Ana Cecília seduz o jovem e favorece o consumo. As propagandas de cerveja oferecem um mundo ideal, um patrão de comportamento ao qual o adolescente é constantemente submetido e facilmente influenciado. “Coibir a publicidade de bebida alcoólica não é alternativa, é dever público. Desconsideramos que esse grupo esta submetido à cerveja como se fosse junk food e isso é crime”.

Outra forma de coibir esse consumo abusivo seria a taxação da bebida. Ana Cecília defende a elevação de preços desses produtos. “É fundamental que ocorra uma mudança no preço das bebidas. Uma latinha de cerveja custa mais barato que o litro de leite.”

Atendimento médico

O mapeamento feito pela Unifesp é um dos poucos a colocar o adolescente como foco do consumo de drogas. A falta de dados é, em grande parte, provocada pela ineficácia do sistema de saúde, que não possui um atendimento voltado a esse público. Ana Cecília revela que não há como medir o número de adolescentes internados, ou a quantidade de jovens que dão entrada nos postos de saúde em coma alcoólico.

Na avaliação da especialista, é preciso que o atendimento seja focado, que os jovens passem por uma triagem especifica, sejam sempre indagados sobre o consumo de drogas. Segundo a médica, 8% das doenças na idade adulta são provocadas pelo consumo abusivo de bebidas alcoólicas. “A dependência química, embora varie conforme o individuo, leva, em média, cinco anos para ser diagnosticada. Isso pode ser coibido de inúmeras formas, mas falta esforço e coerência.”

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/consumo+de+alcool+na+adolescencia+eleva+risco+de+dependencia/n1237656545824.html

Postado por: Ananda Janotti

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O álcool e a moçada dupla terrível

(*) Lucy Casolari

.....Os jovens estão bebendo, bastante e cada vez mais cedo. A oferta é muita, o acesso fácil. Comece já o trabalho de prevenção!
.....A bebida está rolando solta entre a moçada. Não é difícil ouvir comentários sobre o consumo de álcool por jovens, às claras ou sem muitos subterfúgios, até em bares próximos às escolas, no intervalo das aulas. Ignorando a proibição legal, discotecas, danceterias e bares vendem bebidas para menores de idade, sem maiores cuidados. .....Propagandas sedutoras são veiculadas na TV, cinemas e revistas banalizando o consumo das bebidas alcoólicas. Num país tropical como o nosso, os comerciais de cerveja sofisticam-se e competem entre si, brigando por sua fatia de mercado. No verão a loira gelada associa-se a prazer, o que pode ser verdade para os adultos, mas atinge em cheio a moçada. .....Além disso, o álcool é tolerado e aceito socialmente. Ninguém se espanta ao ver um garoto com uma latinha de cerveja na mão ou uma menina bebendo um copo de vinho. Os pais, com razão, temem a ameaça da maconha, cocaína, crack e outras drogas consideradas pesadas, mas são complacentes com relação à bebida, até porque esta faz parte da vida social, do churrasco no final de semana ao uisquinho para relaxar. Afinal, quem não tem um caso de porre ocorrido na mocidade para contar? Realmente, se os adultos não consideram o álcool uma droga fica complicado esperar que os jovens o façam.Ah... é só bicadinha...
.....Os primeiros goles, que há uma década aconteciam por volta dos 15 a 16 anos, atualmente já ocorrem com 53% dos adolescentes entre 10 e 12 anos. Pesquisas mostram ainda que a grande maioria entra em contato com a bebida em casa, portanto é necessário que os pais estejam atentos desde cedo para iniciar a prevenção. Limites claros devem ser colocados com maior firmeza, quanto mais nova for a criança. .....Dizer não é papel dos pais, e não apenas intransigência careta e gratuita! Não tenha dúvida, é mais fácil acostumar os pequenos do que enfrentar a rebeldia dos adolescentes. Isso vale inclusive para aquela bicada na sua caipirinha ou cerveja com a desculpa de que é para acostumar com o gosto. .....O cuidado e a proteção dos filhos são funções dos pais. No caso das drogas, a proibição representa exatamente isso. Quanto mais tempo você conseguir mantê-los longe da bebida melhor. Eles vão tentar dobrá-lo, fazer cara feia, dizer que os pais dos amigos permitem e usar de todos os argumentos para tirar você da sua proposta, mas é preciso ser firme, ainda que a sua cerveja esquente...Exemplo é fundamental

.....Estudos comprovaram que o combate ao alcoolismo deve ser iniciado em casa. A maioria dos jovens com alto grau de dependência começou o consumo em família. É grande o número de filhos dependentes graves, cujos pais têm problemas de alcoolismo. Segundo alguns estudos, há um componente genético que colabora com o desenvolvimento da doença. Não se espante com a terminologia, pois o alcoolismo é considerado doença pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Famílias em que esse problema é presente em avós, tios ou pais têm mais chances de se defrontar com a dependência dos jovens. Além disso, o ambiente familiar e social é um fator importante. .....O hábito de usar a bebida para aliviar a tensão, por exemplo, é um comportamento aprendido em casa, e é aí que as coisas se complicam. A questão não está em abrir uma garrafa de vinho ao jantar ou na cerveja do final de semana, mas sim em precisar de um trago nas situações estressantes, para enfrentar obstáculos ou relaxar do dia estafante. A adolescência é uma fase complicada e o álcool não pode assumir o papel de facilitador, no sentido de ajudar os jovens a lidar com suas dificuldades. Se os pais fazem isso, é provável que os filhos repitam esse comportamento. .....Procure ser coerente. Discurso e ação devem combinar entre si, pois a moçada aprende não só através das falas e conselhos formais, mas - também e principalmente - a partir dos modelos concretos vivenciados no dia-a-dia. Exemplo é fundamental, fique atento, inclusive, para comentários ambíguos envolvendo questões relacionadas ao álcool: as crianças tudo registram...Excessos e cuidados
.....Diante desse panorama, cabe lembrar ainda que, se é grande a quantidade de adultos que perdem o controle após alguns goles a mais, o que dizer da moçada com o seu metabolismo ainda em formação? Os excessos alcoólicos são responsáveis, até, pelo alto índice de acidentes fatais no trânsito, o que é uma ótima razão para alertar seu filho adolescente para que, de forma alguma, aceite carona com um amigo que bebeu. .....As estatísticas mostram, também, que o álcool está presente, de forma expressiva, nos traumas físicos, brigas, mortes violentas e suicídios. Todo esse quadro, mesmo sendo assustador, não atinge a onipotência da moçada. Sabe como é... de acordo com eles, isso só acontece com os outros, não é verdade? .....Além do fascínio que a bebida representa para os jovens, ainda há a pressão do grupo. Para não se sentirem por fora, acabam entrando no jogo. Com receio de serem chamados de pirralhos, não enfrentam os companheiros. Daí para chegar de pileque em casa falta pouco, muito pouco mesmo... .....Se isso acontecer, espere seu filho estar totalmente sóbrio para ter uma conversa. Nem tente entrar num bate-boca desgastante enquanto o comportamento dele estiver alterado. Esse papo precisa ser franco e aberto. Evite o tom moralizante e procure passar informações consistentes a respeito dos efeitos do álcool sobre o cérebro e o organismo em geral. .....Enquanto for possível, acompanhe a garotada até as festas, leve-os e busque-os e, se vierem com outro pai, espere por sua chegada em casa e observe o seu comportamento, isso vai dar pistas sobre a presença de bebidas à disposição, ou levadas por algum convidado. .....Mais importante do que essas orientações e cuidados possam sugerir, é fundamental manter, sempre, um canal de comunicação aberto com seu filho, desde pequeno. Procure, sempre que possível, conversar sobre o cotidiano dele, suas amizades, problemas na escola e outros tantos assuntos que possam surgir. Ao invés de falar, tendência de muitos pais, procure ouvi-lo, pois somente assim você poderá perceber suas dúvidas e angústias e se transformar no tão necessário apoio para sua complicada e difícil passagem da infância para a vida adulta.

*Lucy Casolari é pedagoga e educadora da VERCRESCER educação em parceria e teve este seu artigo publicado no site Clickfilhos.com.br
postado por Giuliano

Na balada, drinque já vem com remédio .

Para médico, uso de medicamentos virou problema de saúde pública
Em baladas, jogos universitários e até mesmo micaretas, é possível encontrar um pouco de tudo. Adolescentes que tomam remédios prescritos para crianças hiperativas com o intuito de ficaram mais ligados, outros que misturam xarope para tosse com cerveja para ficarem bêbados mais rápido e mesmo quem abuse de remédios para mal de Parkinson em busca de alucinações típicas do LSD. É possível até já pedir o drinque com remédio moído em algumas festas de faculdade, principalmente nas de Medicina.
"Tem muita gente que toma para estudar, para aumentar o rendimento e conseguir ficar horas lendo", diz uma estudante do último ano da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
"Nas festas, também dá para pedir a bebida? batizada? já, com um pouco de anfetamina. É uma coisa até normal, ninguém acha que está se drogando de verdade."
Para o médico Ronaldo Laranjeiras, diretor da Unidade de Drogas e Álcool da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o uso de medicamentos para fins recreativos já está virando problema de saúde pública. "De fato é mais sério do que aparece nos jornais", diz. "Hoje, não há psiquiatra que não trate de jovens com problemas de abuso de medicamentos vendidos nas farmácias."
A professora Solange Nappo, médica da Unifesp e pesquisadora do Cebrid, aponta a facilidade na obtenção da droga e a sensação de segurança no uso dos medicamentos produzidos por grandes multinacionais como uma das principais razões do fenômeno.
Segundo Solange, o ice, uma droga feita à base de meta-anfetamina, sintetizada a partir de produtos comprados em farmácias, que pode ser cheirada, injetada e fumada, é atualmente uma das drogas que mais cresce e assusta as autoridades americanas. "O boom começou há cerca de cinco anos e a moda não chegou ao Brasil. Mas é preciso ficar atento, já que outras drogas como crack e ecstasy demoraram cerca de dez anos até chegar por aqui."
POLÍTICA
O secretário Nacional Antidrogas, general Paulo de Miranda Uchôa, afirma que o governo tem ciência dessa realidade envolvendo o elevado consumo de medicamentos. Prova disso, ele diz, é que a política anti-drogas passou a ser chamada de política sobre drogas. "Estamos tomando medidas para aumentar o controle sobre as prescrições e a venda desses medicamentos nas farmácias.
Mas o mais importante são os municípios ativarem conselhos antidrogas para alertar os jovens sobre os riscos que eles correm".
Fonte: Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas)/Programa Álcool e Drogas (PAD) do Hospital Israelita Albert Einstein.
postado por Giuliano