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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Na balada, drinque já vem com remédio .

Para médico, uso de medicamentos virou problema de saúde pública
Em baladas, jogos universitários e até mesmo micaretas, é possível encontrar um pouco de tudo. Adolescentes que tomam remédios prescritos para crianças hiperativas com o intuito de ficaram mais ligados, outros que misturam xarope para tosse com cerveja para ficarem bêbados mais rápido e mesmo quem abuse de remédios para mal de Parkinson em busca de alucinações típicas do LSD. É possível até já pedir o drinque com remédio moído em algumas festas de faculdade, principalmente nas de Medicina.
"Tem muita gente que toma para estudar, para aumentar o rendimento e conseguir ficar horas lendo", diz uma estudante do último ano da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
"Nas festas, também dá para pedir a bebida? batizada? já, com um pouco de anfetamina. É uma coisa até normal, ninguém acha que está se drogando de verdade."
Para o médico Ronaldo Laranjeiras, diretor da Unidade de Drogas e Álcool da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o uso de medicamentos para fins recreativos já está virando problema de saúde pública. "De fato é mais sério do que aparece nos jornais", diz. "Hoje, não há psiquiatra que não trate de jovens com problemas de abuso de medicamentos vendidos nas farmácias."
A professora Solange Nappo, médica da Unifesp e pesquisadora do Cebrid, aponta a facilidade na obtenção da droga e a sensação de segurança no uso dos medicamentos produzidos por grandes multinacionais como uma das principais razões do fenômeno.
Segundo Solange, o ice, uma droga feita à base de meta-anfetamina, sintetizada a partir de produtos comprados em farmácias, que pode ser cheirada, injetada e fumada, é atualmente uma das drogas que mais cresce e assusta as autoridades americanas. "O boom começou há cerca de cinco anos e a moda não chegou ao Brasil. Mas é preciso ficar atento, já que outras drogas como crack e ecstasy demoraram cerca de dez anos até chegar por aqui."
POLÍTICA
O secretário Nacional Antidrogas, general Paulo de Miranda Uchôa, afirma que o governo tem ciência dessa realidade envolvendo o elevado consumo de medicamentos. Prova disso, ele diz, é que a política anti-drogas passou a ser chamada de política sobre drogas. "Estamos tomando medidas para aumentar o controle sobre as prescrições e a venda desses medicamentos nas farmácias.
Mas o mais importante são os municípios ativarem conselhos antidrogas para alertar os jovens sobre os riscos que eles correm".
Fonte: Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas)/Programa Álcool e Drogas (PAD) do Hospital Israelita Albert Einstein.
postado por Giuliano

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